O famoso detetive Sherlock Holmes, embora de tão familiar pareça pertencer ao mundo real, é na verdade um personagem fictício gerado pela mente do médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. Ele nasceu no interior da trama do livro Um Estudo em Vermelho, lançado de forma inédita pela revista Beeton’s Christmas Annual, em 1887. Sherlock HolmesEste personagem singular conquistou o coração de leitores do mundo todo, independente de idade ou nacionalidade. Seus leitores se encantaram com sua personalidade enigmática e altiva desde o início. Talvez por isso ele tenha se transformado na criação literária mais adaptada para o cinema, a televisão, os quadrinhos, e também a mais pesquisada e investigada por inúmeros estudiosos.
Obsessivo na hora de decifrar um mistério, Sherlock ganhou fama ao se valer da metodologia científica e da lógica dedutiva – espécie de pensamento lógico que parte das causas para compreender os efeitos, e assim chega à conclusão mais acertada sobre certas proposições que desafiam sua compreensão.
O que se sabe sobre este detetive é o que as histórias por ele protagonizadas revelam aqui e ali. Cada trama por ele vivida desnuda uma pequena fração de sua personalidade. Conclui-se, assim, que ele apresenta uma boa dose de orgulho, uma determinada tendência ao perfeccionismo, sempre acreditando que tem a resposta certa para tudo, e um ótimo faro para palpites corretos, enfim, que ele é um ser desprovido de imperfeições, como deseja seu autor, mas com certeza exibe vários defeitos.
Holmes é um homem da ciência, da razão, não muito afeito às emoções, apesar de demonstrar em algumas narrativas um lado mais humanizado. É um homem culto, que sabe um pouco de tudo; por outro lado, revela-se um lutador de boxe e um virtuose no violino.
Doutor Watson, seu assessor, é igualmente conhecido por todos, especialmente pela frase que se tornou mundialmente conhecida – “elementar, meu caro Watson” -, repetida exaustivamente por Sherlock Holmes. Este aprendiz de detetive é quem narra boa parte das histórias vivenciadas por seu mestre.
Embora seja versado nas mais diversas esferas do conhecimento, Holmes atua de forma genial, quase como um computador radicalmente avançado, no campo criminal. Ele decifra crimes como nenhum outro é capaz, a ponto desta atividade se tornar essencial para sua sobrevivência, pois nos momentos ociosos ele cai imediatamente em estado de depressão. Todas estas características do obstinado detetive, até mesmo esta inclinação melancólica, contribuem para intensificar o encanto que ele exerce em seus leitores.
Nas telas dos cinemas ele foi imortalizado na pele de Basil Rathbone, que interpretou o famoso personagem em pelo menos 14 produções da Fox e, posteriormente, da Universal, em um espaço de tempo que vai de 1939 a 1946. Na TV ele foi vivido pelo inglês Jeremy Brett ao longo de 10 anos, em quatro séries criadas para as telinhas britânicas.
Este personagem pode igualmente ser encontrado em produções que se inspiraram nele, como Visões de Sherlock Holmes, em que o criminalista faz terapia com o próprio Sigmund Freud; O Enigma da Pirâmide, de Spielberg, que cria um suposto contato entre Sherlock e Watson quando ainda eram dois colegiais; e o brasileiro O Xangô de Baker Street, de Jô Soares, obra na qual o detetive visita o Brasil na época do Império e decifra um crime a pedido de D. Pedro II e da atriz Sarah Bernhardt. Fonte Info Escola